segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Dilúvio de Cassiane Baracho


................................................................................................................RESENHA [R]

Talvez disposto em páginas impressas, O Dilúvio, de Cassiane Baracho, obtivesse o mérito devido. Talvez, e também, pós-escritos, como os manuscritos de Kafka; estes (a qual foram publicados um dia contra a própria vontade do autor, desejoso que era de vê-los, acreditem, queimados) obtiveram-no. O Dilúvio possui este mérito. A razão é clara. Narra com desenvoltura o drama de candidatos ao exame vestibular. O tema, particularmente pertinente, impõe ao leitor congênere pertinácia. Cassiane Baracho faz culto e inferno num mesmo instante. Demonstra expositivamente o lado inquisitório de cansativas aulas, como também o assombro (moderno) sobre este objeto infinitesimal que é o livro.

Observa Stevenson que: “há uma virtude sem a qual todas as demais são inúteis, essa virtude é o encanto”. Lembrar-me-ia certamente e neste exato momento, de inumeráveis contos os mais complexos, inumeravelmente limados, abominavelmente calculados, exorbitantes em sua máxima literatura, não me recordaria, porém, um tão encantador. A impressão que se tem é a de que, para os dezessete anos da autora, romper com tais justificativas acaba por nos querer provar (a quem lê) que tudo não passou de uma imensa brincadeira.

E um pormenor elucidativo: toda temática do conto reflete a aflição da autora. Seu conto quer nos dizer mais sobre ela mesma e deixar o resto do mundo um pouco mais afastado. A Comunicação Social parece convidá-la a uma vaga. O Jornalismo tende a progredir após Cassiane Baracho.

Um comentário:

CASSI disse...

MAIS DO QUE PALAVRAS
LEMBRANÇAS
MAIS DO QUE DOÇURA
ENCANTO
MAIS DO QUE A ESPERA
CHEGADA
MAIS E ANTES MAIS DO QUE QUALQUER MAIS,
HISTÓRIA.
SEJA ELA DE QUALQUER MANEIRA
"H" E "E"
ESCRITO OU ESCRIVIDO
POUCO IMPORTA
SE TORNOU-SE ETERNA PARA DOIS
QUE PARA OUTREM SEJA LENDA
AFINAL, MAIS DO QUE INCERTEZAS
INFINITOS.
TAMANHOS.
HAVERES BREVES.


DE QUEM SEMPRE LHE SORRI,
CASSIANE B.